Os preços do boi gordo mantêm-se firmes, no mínimo acompanhando a variação da inflação. No balanço dos dois primeiros meses do ano, a arroba subiu 1,95%. O boi abriu o ano a R$ 336,5@ e fechou fevereiro a R$ 343,05@, segundo o CEPEA.
As exportações também começaram bem o ano, batendo dois recordes consecutivos para os meses de janeiro e fevereiro. Na soma dos dois primeiros meses do ano, as vendas se aproximaram das 300 mil toneladas, alta de 43% em relação ao mesmo período de 2021. Em receita, o crescimento foi de 71%, alcançando US$ 1,6 bilhões.
Analistas informam os preços firmes do boi gordo devem-se à oferta curta de gado pronto para abate em praticamente todo o país. A escala apertada leva frigoríficos a buscar animais bem longe, especialmente para atender a contratos de exportação. Por conta desse cenário, na primeira semana de março o chamado boi China experimentou valorização de até R$ 30,00@ no Sudeste.
Os especialistas também não vêm risco de queda das exportações de carne bovina a curto prazo. Pelo contrário, a previsão é de alta. Porém, lembram que o ligeiro recuo do dólar é um ponto de atenção.
Sobre o consumo interno, verifica-se ligeira elevação, porém não ainda nos níveis esperados. Em 2021, a demanda per capita foi de 27 kg/hab/ano, uma das menores da última década. A retomada é um fator importante para manter os preços elevados.