Touros para fazer bezerros e vacas de reposição

Um dos maiores conhecedores da pecuária de corte no Brasil, o prof. José Bento Ferraz, geneticista da FZEA-USP, enfatiza a importância da escolha de touros com boa avaliação genética.

“Existem diversas técnicas que podem ser empregadas na reprodução, mas uma não pode ser usada: o boi de boiada. O boi cabeceira de boiada serve para mandar para o frigorífico. Pode ser que existam bons touros na cabeceira de boiada, mas sem avaliação genética não é possível identificá-los”, explica Bento.

“Assim como o agricultor faz questão de comprar sementes de boa procedência, todo pecuarista deve investir em reprodutores avaliados, selecionados com rigor zootécnico por programas de melhoramento genético reconhecidos por sua história e confiabilidade”, ressalta o geneticista da FZEA-USP.

Ele explica que a escolha dos reprodutores deve levar em conta não apenas o objetivo de produzir mais bezerros para engorda, mas também a reposição de fêmeas no rebanho. “Se o objetivo do pecuarista é a reposição do plantel de fêmeas, ele deve focar na escolha de touros com DEPs positivas para precocidade sexual e, claro, fertilidade. São atributos selecionados pela CFM há várias décadas, com excelente resultado”.