Por Antonio Chaker El-Memari Neto (Instituto Inttegra), adaptado pela equipe da CFM
Produtividade é a relação entre os resultados gerados e os recursos utilizados para se conquistar uma produção.
Usando a pecuária de cria como exemplo, existem fazendas que, com rebanho de 100 matrizes, desmamam 68 bezerros enquanto outras chegam a desmamar 82. Olhando os mesmos números sob outra perspectiva, podemos notar que, para desmamar 100 bezerros, a fazenda menos eficiente precisaria de 147 matrizes, enquanto a mais produtiva consegue a mesma quantidade de bezerros com 122 matrizes, ou seja, 25 a menos. Além de se produzir mais com menos, como exemplificado, o êxito também é pautado em fazer em menor tempo.
A precocidade reprodutiva reduz a idade ao primeiro parto e, assim, o faturamento chega antes. A famosa frase é “bezerro um ano mais cedo”.
Apesar de um grande ganho, esse não é o maior benefício, mas sim a alteração da arquitetura do rebanho. Chamo de arquitetura do rebanho a distribuição proporcional das diferentes categorias. Numa propriedade de cria com matrizes em monta aos três anos de idade, existem 3 lotes de novilhas em recria: as recém-desmamadas, as de 12 a 24 meses e as de 24 a 36 meses. Nesse caso, apenas 57% das fêmeas da fazenda são matrizes em produção.
Nos projetos com idade da primeira monta (IPM) próxima aos 24 meses, a fazenda tem dois lotes em recria e nas fazendas com monta de 14 meses temos apenas um, fazendo com que 80% das fêmeas existentes na fazenda sejam matrizes em produção. O “motor cria” cresce proporcionalmente à precocidade reprodutiva do rebanho.
Além da maior proporção de fêmeas em produção, entra outro ponto de grande relevância e muito pouco explorado nos debates sobre a precocidade reprodutiva: os machos. Isso mesmo, os irmãos das fêmeas precoces têm, naturalmente, maior capacidade genética de ser mais pesados e abatidos mais cedo, o famoso 20@ com 20 meses.
Para ter êxito na jornada da precocidade reprodutiva é preciso, essencialmente, dois elementos chaves: peso e genética.
O primeiro passo é inserir no rebanho o gene da precocidade e, quando ele estiver presente, exercer o direito de usá-lo com nutrição avançada e nunca o contrário. Uma estratégia nutricional mal elaborada (cara), somada à ausência do gene da precocidade, é a combinação certeira para a perda de dinheiro.
Tão certo quanto touros provados e IATF, a precocidade é definitivamente a ferramenta que levará a cria para outros patamares de resultado econômico porque, no final das contas, produtividade é fazer mais com menos e em menor tempo.
Íntegra disponível em: Cria Saudável
CFM é referência em Nelore precoce
A CFM foi pioneira na seleção para precocidade sexual na raça Nelore, tendo iniciado, em 1994, os desafios de prenhez de novilhas aos 14 meses. Esse trabalho deu origem à DEP de PP14, que estima, para cada indivíduo do rebanho, o potencial de suas filhas emprenharem aos 14 meses. Por ser uma das DEPs mais relevantes no programa de seleção, a PP14 integra o cálculo do Índice CFM, influenciando diretamente a escolha dos machos que se tornarão touros. Quase 30 anos de trabalho selecionando fêmeas super precoces tornaram a CFM uma referência em genética Nelore para precocidade sexual – genética que estará disponível ao mercado a partir de agosto com a nova safra de Touros Nelore CFM.