Exportações de carne bovina cresceram 25% no primeiro trimestre

As exportações brasileiras de carne bovina somaram 598,639 mil toneladas, no primeiro trimestre de 2024, um incremento de 25,9% na comparação com o mesmo período de 2023. No mesmo período, o faturamento com as vendas atingiu US$ 2,64 bilhões, aumento de 18,5%.

Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), e foram analisados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).

A China foi o principal importador da carne bovina brasileira nos primeiros três meses de 2024, com 273,6 mil toneladas. A receita foi de US$ 1,2 bilhão. Os embarques para o país asiático cresceram 21,4% em volume e 9,4% em faturamento. O preço médio do produto, entretanto, recuou 10%, de US$ 4.942 para US$ 4.452 por tonelada.

O segundo principal destino foram os Estados Unidos, com volume de 44 mil toneladas e faturamento de US$ 261 milhões. Em comparação com mesmo período de 2023, o volume aumentou 8% e o faturamento, 13,2%, explicados, principalmente, pela valorizção de 5,4% do produto in natura.

O destaque do período foram os Emirados Árabes Unidos, destino de 41.067 mil toneladas de carne brasileira, que resultaram em US$ 188 milhões de faturamento, um aumento de 270% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado.

O presidente da Abiec, Antônio Jorge Camardelli, explica que o aumento da participação dos Emirados Árabes e da Turquia nas exportações brasileiras é justificado pela opção dessas rotas como alternativa para atendimento ao mercado do Irã. “Por conta disso, os embarques foram ampliados 690%, nesse período, chegando a 9.732 mil toneladas em 2024”, afirma.

O México, mercado recentemente aberto para a carne bovina brasileira, começa a mostrar evolução nas exportações. Foram 9.966 mil toneladas, em 2024, com faturamento de US$ 46 milhões. “É importante ressaltar que, no mesmo período do ano passado, o Brasil não tinha permissão de embarcar carne para o mercado mexicano”, frisa Camardelli.

As exportações para Hong Kong, Argélia, Rússia, Filipinas, Líbano e Líbia também cresceram. Na avaliação da Abiec, o aumento das exportações para outros mercados “demonstra o profissionalismo do setor, buscando sempre a diversificação e consolidação cada vez maior, no máximo de países possível”.

Por fim, a entidade destaca que os preços 33,5% mais altos para os miúdos deixaram o mercado de Hong Kong mais atrativos para as exportações brasileiras. O aumento, no primeiro trimestre, na comparação com igual período de 2023, foi de 45,2% no volume, e de 94% no faturamento.

 

Fonte: Globo Rural.