A demanda por carne bovina na China é forte e deverá continuar assim em 2019, o que tende a beneficiar o Brasil e outros países produtores em meio ao confronto comercial entre a nação asiática e os Estados Unidos. É o que mostra o banco holandês Rabobank em seu mais recente relatório sobre a atividade.
Diversos surtos de febre suína africana foram registrados nos últimos meses na China, maior consumidor mundial de carne suína. Se a propagação da doença persistir, afirmam os analistas do Rabobank, Pequim deverá aumentar as importações do produto e de outras carnes, como a bovina, no ano que vem.
O aumento da demanda doméstica chinesa por carne bovina vem impulsionando as compras internacionais. No total, as importações chinesas aumentaram 40% no primeiro semestre em relação a 2017, atingindo 456 mil toneladas. A China é o segundo maior país importador de carne bovina do Brasil, atrás de Hong Kong. As importações chinesas da nossa carne aumentaram 44% entre janeiro e agosto – Hong Kong importou 212 mil toneladas, com alta de 18%.
As exportações brasileiras de carne bovina como um todo aumentaram de maneira significativa em julho. Os volumes vendidos cresceram 8% nos primeiros oito meses do ano. Segundo analistas do Rabobank, o consumo do mercado doméstico brasileiro, que aumentou 1% em 2017, pode crescer 2% em 2018.
Além da China, outros grandes importadores de carne bovina têm aumentado a demanda. É o caso de Japão e Coreia do Sul. Também a União Europeia incrementou em 16% as importações de carne bovina nos cinco primeiros meses do ano.