Quando se trata de pecuária de cria, a eficiência reprodutiva é o indicador número 1 para lucratividade e o escore corporal das vacas está diretamente ligado a esse dado.
Vacas muito gordas ou muito magras são indesejáveis na estação de monta. De acordo com Gustavo Resende, da APTA, Colina (SP), o escore ideal, numa escala de 1 a 5, seria 3,5. Na prática, isso quer dizer que a vaca precisa estar saudável, com alguma deposição de gordura, mas sem estar muito gorda.
O desafio de chegar nesse escore no início da estação de monta é grande, já que muitas vezes o pecuarista coloca as vacas prenhas nos piores pastos da fazenda. Tentar recuperar condição corporal após a parição é tarefa complicada, principalmente porque a vaca está amamentando, o que mobiliza nutrientes para a produção de leite, não para o ganho de peso. O ideal é não deixar a vaca perder condição ao longo do ano, com uma estratégia nutricional equilibrada e correto manejo de pastagens.
Além de uma estratégia nutricional correta, em anos de seca prolongada, o pecuarista também pode lançar mão da desmama antecipada. Com isso, a vaca tem mais tempo para ganhar condição até a próxima estação de monta.
Vacas que apresentam escore corporal ótimo no momento da parição retornam ao cio mais rapidamente, já a partir de 60 dias pós-parto, tempo ideal para manter o intervalo entre partos de 12 a 13 meses e favorecer a produção do chamado “bezerro do cedo”.
Manter o rebanho de vacas em boas condições de peso pode ser fator fundamental para o sucesso da estação de monta, aumentando as taxas de prenhez e a lucratividade da pecuária de cria.