Pesquisadores da Austrália, Itália, Polônia e Suíça estudaram dados de diversos países e concluíram que o consumo de carnes está associado à maior expectativa de vida das populações. O estudo foi publicado no International Journal of General Medicine.
Desde o período paleolítico, o consumo de carne faz parte da dieta humana. Atribui-se à inclusão desse alimento de alto valor nutricional na dieta o desenvolvimento do cérebro e aumento do tamanho corporal em hominídeos.
Nos últimos 50 anos, no entanto, associações controversas entre o consumo de carne e algumas doenças levaram ao crescimento do vegetarianismo e do veganismo, partindo-se do pressuposto de que uma dieta sem carnes seria mais saudável.
Para avaliar a influência do consumo de carnes na expectativa de vida das populações, os pesquisadores reuniram dados divulgados pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), referentes ao período de 2011 a 2013, de mais de uma centena de populações por todo o mundo.
Entre os dados avaliados, encontra-se o consumo total de carnes, de cereais, de tubérculos e de açúcar. A pesquisa também considerou fatores externos que poderiam influenciar a expectativa de vida, como consumo calórico total, obesidade, nível educacional, urbanização e PIB.
Análises estatísticas complexas revelaram que em países onde o consumo de carnes é mais alto a expectativa de vida da população também é maior. Essa correlação foi verdadeira inclusive quando foram isolados os efeitos socioeconômicos e educacionais. Os pesquisadores atribuem esse resultado ao fato de as carnes representarem uma fonte completa de nutrientes para o corpo humano.
O artigo completo está disponível, em inglês, em: https://www.dovepress.com/getfile.php?fileID=78512