Em outubro, a cotação do boi gordo saltou 8,4% de acordo com levantamento do CEPEA/Esalq. Entre janeiro e outubro, o aumento foi de 28% e nos 12 meses corridos (novembro de 2019 a outubro de 2020), a alta foi de 66%.
Indiscutivelmente, o fator China é o maior responsável pela valorização do boi gordo. Atraídos pelo pagamento da carne exportada em dólar, os frigoríficos acabam pagando mais pela matéria-prima. Na outra ponta, o 1º giro de confinamento ficou 40% abaixo do esperado, segundo a Cogo Inteligência de Mercado. Além disso, a estiagem prolongada também fez a sua parte, retardando a terminação.
Essa combinação de fatores segue impulsionando o preço do boi gordo em novembro. As escalas dos frigoríficos ainda estão baixas e as chuvas só começaram a cair agora.
Segundo o CEPEA/Esalq, na primeira semana de novembro a arroba subiu 3,39% saltando para R$ 287,85.
Adicionalmente, há expectativa de aumento do consumo interno nas próximas semanas, começando pelo aquecimento das vendas no atacado. Afinal, estão chegando as festas de fim de ano.
Do lado da oferta de gado, o 2º giro do confinamento é o único fator que pode segurar as cotações.