Em 2003, pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP) em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) mostravam que eram necessários cerca de 250 hectares para manter 100 vacas. Desse número de fêmeas, eram gerados 45 bezerros, cada um com 170 kg de peso vivo.
O enorme investimento dos produtores conseguiu alterar esse desempenho positivamente. Em 2016, o número de hectares para manter 100 vacas baixou para 140 ha e o número de bezerros subiu para 65! Cada um pesando 200 kg.
De acordo com o pesquisador Sergio de Zen, do Cepea, apesar de estar muito longe de atingir seu máximo, a produtividade/ha da pecuária brasileira cresceu 283% e, por vaca, 172%.
Há, ainda, a recria e a engorda. Em 2010, segundo dados do Indea/MT, menos de 5% dos animais abatidos tinham menos de dois anos e mais de 55% acima de três anos. Hoje, cerca de 15% têm menos de dois anos e 25% mais de três anos. Combinando isso com dados do Cepea de peso ao abate, tem-se que eram animais de 16,5 arrobas em 2010 – hoje são de 17,4 arrobas.
Os dados mostram que a produtividade por área e por animal cresceu significativamente, mas ainda existe espaço para ganhos. A combinação dos vários indicadores explica porque produzir boi no Brasil atrai tantos investidores, informa de Zen.