Pecuária mais moderna, lucrativa e sustentável

 

Reportagem do Estadão, no dia 29.10, faz uma análise da pecuária brasileira, cada vez mais moderna e sustentável.

“O país tem tecnologia suficiente – já aplicada em larga escala – para manejar criações de forma sustentável e que, em vez de emissoras, sejam fortes sequestradoras de carbono. E, lógico, sem necessidade de desmatar mais para ampliar pastos”, escreveu a jornalista Tania Rabello.

Entre as práticas de pecuária sustentável mais difundidas, a reportagem destaca a Integração Lavoura-Pecuária (ILP), “na qual se reformam pastos degradados com o plantio de grãos. Por meio desta prática, é possível conseguir, na mesma área, três safras: sendo duas de grãos (safra de verão e de inverno) e uma de boi. E, se no sistema também for adicionada a floresta, no sistema ILPF – Integração Lavoura-Pecuária-Floresta –, ainda se consegue uma quarta safra, a de madeira”.

“Nas regiões onde isso é possível, planta-se soja, em seguida milho de inverno e ainda com o milho no campo, planta-se o pasto”, disse o sócio-diretor da Scot Consultoria, Alcides Torres, consultado pelo Estadão. “Planta-se o capim e ‘colhe-se’ o gado”, acrescentou.

Mais eficiente e mais sustentável. Segundo o Observatório ILPF, 17,43 milhões de hectares já estão integrados – pouco mais de 20% da área a ser semeada com grãos na atual safra, de 2023/24, de 78 milhões de hectares. A Rede ILPF informa que entre as safras 2015/16 e 2020/21 houve aumento estimado de 52% de áreas com ILPF no Brasil. “Somente entre 2010 e 2015, o incremento de 5,96 milhões de hectares ao sistema foi responsável pelo sequestro de 21,8 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente (CO2eq)”, destaca a Rede na reportagem.

“Outro fator que tem empurrado a pecuária de corte no caminho da maior produtividade e, consequentemente, da sustentabilidade, segundo Torres, da Scot, é o forte viés exportador do setor no Brasil”, aponta o Estadão. “A China exige carne proveniente de bovinos com até 30 meses de idade, ou 4 dentes, e isso acelerou o processo de modernização do setor”, comenta o consultor ao jornal, acrescentando que para abater bovinos mais jovens e no peso ideal o sistema de criação como um todo tem de se aperfeiçoar.

Segundo dados apresentados pela Scot Consultoria na reportagem, “entre 2006 e 2020, em Mato Grosso – principal produtor brasileiro de carne bovina –, o abate de bovinos com menos de 24 meses cresceu 900%, enquanto a quantidade de boiadas com mais de 36 meses se reduziu pela metade. Já o peso médio da carcaça de bovinos machos, desta vez no Brasil, aumentou 17% entre 2000 e 2020, de 588,9 quilos para 674,6 quilos por animal. O peso médio dos bovinos abatidos no Brasil já supera o peso da carcaça de bovinos da Austrália, que é nosso grande concorrente”, disse Torres.

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