Diferimento da Pastagem ajuda a armazenar forragem para a seca

 

“O diferimento da pastagem consiste no descanso de parte da área de pastagens da propriedade antes do término do período chuvoso, com o objetivo de acumular e transferir a forragem que será consumida no período da seca. Este método, também conhecido como ‘pasto vedado’, costuma ser usado em sistemas de baixa a média intensificação de produção (taxa de lotação de até 2 UA/ha)”, destaca Adilson de Paula Almeida Aguiar, professor das Faculdades Associadas de Uberaba.

O prof. Adilson Aguiar recomenda iniciar o diferimento da pastagem entre 60 e 120 dias antes de se estabelecer na região o fator climático que determina a diminuição ou a paralisação do crescimento da pastagem.

O especialista, que também é consultor da CONSUPEC, Consultoria e Planejamento Pecuário, explica que quanto mais cedo em relação ao término das chuvas for feito o diferimento maior será a quantidade de forragem acumulada, mas menor será o seu valor nutritivo.

Pensando nas diferentes categorias animais de um rebanho, o diferimento mais tardio (março e abril) seria indicado para animais jovens, como os bezerros recém-desmamados, que exigem forragem com maior valor nutritivo, enquanto que o diferimento a partir de fevereiro seria apropriado para animais adultos que conseguem aproveitar melhor a forragem, mesmo quando seu valor nutritivo é baixo.

As melhores espécies forrageiras para o diferimento, em ordem decrescente são: a braquiarinha (Brachiaria decumbens), braquiarão (Brachiaria brizantha), as gramas do gênero Cynodon (Coastcross, Tifton 85) e o Panicum maximum cv Tanzânia. Estas forrageiras apresentam características que favorecem o seu uso em pastejo diferido: maior proporção de folhas em relação a talos, talos finos (as Braquiárias e o Cynodon) e florescimento tardio (no caso do Tanzânia e do Braquiarão).

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