Preocupação com os vaqueiros é prioridade do treinamento

“O vaqueiro é um dos mais importantes – senão o mais importante – agente de uma fazenda de gado. Afinal, ele é responsável pela lida com o bem mais valioso da propriedade. Porém, nem sempre ele é valorizado”.

A frase acima é de um especialista, que conhece muito as relações dos vaqueiros com os cavalos. Eduardo Borba (Projeto Doma) tem 50 anos de experiência no tema. Ele cunhou, há bastante tempo, o termo doma racional, que inclui técnicas de bem-estar animal para a doma de potros e olhar com muita atenção para o vaqueiro.

Em janeiro, Borba fez o treinamento focado na doma de potros na Fazenda Lageado (Dois Irmãos do Buriti, MS). “Meu trabalho é menos com os animais e mais, muito mais, com os vaqueiros. O primeiro passo é eles saberem que são respeitados e valorizados pela empresa na qual trabalham. A CFM tem essa preocupação”, diz Borba.

Definindo-se como um misto de psicólogo, sociólogo, antropólogo e pedagogo, Eduardo Borba defende que “se os vaqueiros compreenderem sua responsabilidade e se sentirem reconhecidos por isso, o trabalho fica muito mais fácil e produtivo. A fazenda pode comprovar isso”, assinala.

Eduardo Borba defende a educação continuada do treinamento dos vaqueiros. “Não adianta vir, falar, virar as costas e ir embora. Os vaqueiros precisam de atenção constante. Respeito a história e o compromisso da CFM com sua equipe”.

De fato, a CFM prioriza a formação e o treinamento de sua equipe de vaqueiros. Borba, por exemplo, é parceiro da empresa desde 1983.

“Toda a tropa de potros da CFM é produzida e domada internamente. Além disso, é nosso compromisso capacitar e valorizar os vaqueiros – assim como todos os demais colaboradores da empresa”, informa Tamires Miranda Neto, gerente de pecuária da CFM.

A tropa da CFM conta com cerca de 350 animais. Destes, cerca de 40 são éguas de cria. A seleção inclui genética de reprodutores Puro Sangue Inglês, com uso menos intenso, e Quarto de Milha, usado em maior quantidade.