Por dentro de um animal confinado – Parte 3

Por João Marco Beltrame Benatti, gerente de produtos para ruminantes da Trouw Nutrition

Imagine um bovino de corte de 400 kg em uma pastagem no outono. A forragem está seca, com proteína bruta próxima a 5% e alta quantidade de fibras de baixa qualidade. A digestibilidade é baixa, limitando, inclusive, o consumo. Provavelmente esse animal está com ganho muito baixo ou mesmo perdendo peso. Devido a essa condição, todos os órgãos do animal se adequaram para economizar energia. O fígado, por exemplo, um dos principais órgãos responsáveis pela transformação dos produtos da digestão, reduz seu tamanho. O bovino faz o mesmo que fez nos últimos milhões de anos, se prepara para a escassez de alimento.

Como uma alternativa para driblar essa condição, colocamos o animal no confinamento.

Tudo é diferente. O animal está em uma estrutura que não conhece, com comida estranha em local diferente. A dieta não é mais limitante. O animal que anteriormente estava consumindo em torno de 1,8% do peso corporal passa a consumir por volta de 2,3%. Como ainda é início de confinamento, seus órgãos estão pequenos. O fígado que metabolizava pouco passa ter que trabalhar muito. Esse órgão deve aumentar seu tamanho em 70% nos próximos 60 dias. Afinal, o animal está ganhando diariamente mais de 1,5kg. Enquanto isso não acontece o fígado está sobrecarregado. Ele não consegue metabolizar tudo o que precisa e pode haver acidose metabólica. O animal reduz o consumo e, consequentemente, ganha menos peso. Isso é subclinico, não é possível ver.

Provavelmente o que falamos até agora está ocorrendo no seu confinamento.

Então o que podemos fazer para minimizar o prejuízo causado pela acidose metabólica?

Acidose metabólica é muito estudada em vacas de leite de alta produção quando estão no pico de lactação, isso por seu fígado estar sobrecarregado. Os trabalhos em bovinos de corte são recentes e também demonstraram melhoria em consumo e ganho em carcaça quando administrado aditivo que melhora o metabolismo do fígado.

Algumas Vitaminas B são importantes cofatores enzimáticos que auxiliam no metabolismo do fígado, acelerando as reações que ocorrem nesse órgão. Isso ajuda a reduzir quadros de acidose metabólica. O problema de se fornecer Vitaminas B para os animais é que quase toda ela pode ser degradada no rúmen, assim pouco dessa Vitamina B adicional chegaria ao fígado. Uma solução é o fornecimento de Trouw|Vivalto, que é um complexo de Vitaminas B protegidos da degradação ruminal para atuar principalmente no metabolismo do fígado de animais de alto desempenho.

Em resumo devemos ter em mente que o confinamento é estressante para o animal, podendo provocar não apenas acidose metabólica, como também acidose ruminal e redução do status imunológico. Com base nisso, a Bellman|Trouw Nutrition desenvolveu os produtos BellPeso Adapt e BellPeso Vivaz. São núcleos minerais cientificamente desenvolvidos com os aditivos monensina, tamponantes, Vivalto e IntelliBond C e Intellibond Z. Esses produtos aceleram o consumo de matéria seca de animais em regime de confinamento evitando problemas metabólicos, aumentando a digestibilidade da fibra, fortalecendo o sistema imunológico dos animais e contribuindo para um maior ganho de peso.