Por dentro de um animal confinado – Parte 2

Por João Marco Beltrame Benatti, gerente de produtos para ruminantes da Trouw Nutrition

Imagine um bovino de corte de 400 kg em uma pastagem no outono. A forragem está seca, com bastante colmo e pouca massa. A proteína bruta está próxima a 5% e a quantidade de fibras de baixa qualidade está alta. A digestibilidade é baixa, limitando, inclusive, o consumo. Provavelmente esse animal está com ganho muito baixo ou mesmo perdendo peso.

Como alternativa para driblar essa condição, colocamos o animal no confinamento.

Tudo é diferente. O animal está em uma estrutura que não conhece. Agora, cada animal tem espaço de 15 m2 (anteriormente eram 10.000 m2). Ainda por cima, tem as brigas e sodomia para definição das lideranças dentro dos lotes. Muita gente passando, trator, poeira, sol e comida estranha em local diferente.

Tudo isso causa estresse no animal. Esse estresse reduz a imunidade. Fica fácil desenvolver qualquer doença, ainda mais com muitos animais juntos. Pneumonias e dermatites estão entre as mais comuns.

Provavelmente o que falamos até agora está ocorrendo no seu confinamento.

Então o que podemos fazer para contornar os prejuízos decorrentes da redução no status imunológico do rebanho?

Reduzir o estresse do animal pode ser uma ação. Isso pode ser feito adotando o manejo racional, formando lotes que irão para a mesma baia com pelo menos 1 mês de antecedência (manter no mesmo pasto), evitando transporte imediatamente antes do confinamento, dando acesso à sombra (em torno de 4m2 por animal), tendo água de boa qualidade (lavar o bebedouro regularmente), evitando poeira excessiva (irrigar o solo em dias muito quentes ou com muita poeira), dentre outros.

Em vários sistemas não é possível implantar todas essas ações. Uma solução seria aumentar a imunidade melhorando as barreiras de proteção do animal. O cobre e o zinco são dois minerais diretamente ligados à proteção de pele e mucosa, além de estar ligados à redução do estresse. Para isso, devemos incrementar os níveis desses minerais na corrente sanguínea do animal.

Mas aumentar as quantidades de cobre e zinco por meio de inclusão adicional de fontes tradicionais como sulfatos e óxidos não é indicado. O sulfato de cobre, por exemplo, mata alguns tipos de bactérias e pode reduzir a digestão da fibra quando em quantidades maiores.

A alternativa é fornecer fontes que sejam protegidas da degradação ruminal para não afetar a flora bacteriana. Intellibond C e Intellibond Z são hidroxi minerais, protegidos da degradação ruminal e em alta concentração, que possibilitam aumentar os níveis circulantes de cobre e zinco sem que haja interações não desejadas com os microrganismos ruminais.

Outros aditivos, como os MOS (mananoligossacarídeos), contêm as beta-glucanas, que ajudam a neutralizar alguns agentes causadores de doenças que estão no rúmen.

Resumo: devemos ter em mente que o confinamento é estressante para o animal, podendo provocar não apenas aumento no quadro de doenças, como também acidose ruminal e metabólica. Com base nisso, a Bellman|Trouw Nutrition desenvolveu os produtos BellPeso Adapt e BellPeso Vivaz. São núcleos minerais cientificamente desenvolvidos com os aditivos monensina, tamponantes, Vivalto, IntelliBond C e Intellibond Z. Esses produtos aceleram o consumo de matéria seca de animais em regime de confinamento, evitando problemas metabólicos, aumentando a digestibilidade da fibra, fortalecendo o sistema imunológico dos animais e contribuindo para o maior ganho de peso.